sábado, 5 de março de 2016
A luz resplandece nas trevas
361. Geralmente somos incapazes de dizer às pessoas o que elas precisam saber porque elas estão procurando saber alguma outra coisa.
362. Comecei a compreender que era impossível viver para alguém senão na presença de outras pessoas – e então, pobre de mim!, que possibilidade temível. O mal só se manifesta pelo bem; o egoísmo não é senão um parasita na árvore da vida.
363. Morrerás tão logo se recuse a morrer.
364. A escuridão não conhece nem a luz nem a si mesma; somente a luz conhece a si mesma e também à escuridão. Ninguém, senão Deus, abomina o mal e o compreende.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
O florescer da humanidade
Quando um homem, com toda a sua natureza, ama e deseja a verdade, ele se torna uma verdade viva. Mas esta não se origina nele. Ele viu-a e lutou para adquiri-la, mas não a originou. A verdade viva, visível e originária, que abarca todas as demais verdades e todas as relações, é Jesus Cristo. Ele é verdadeiro: Ele é a Verdade Viva. (p. 100)
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Cristo morreu para salvar-nos não do sofrimento, mas de nós mesmos; não da injustiça, tampouco da justiça, mas de sermos injustos. Ele morreu para que pudéssemos viver, mas viver como Ele vive, isto é, morrendo como Ele morreu – morrendo para si mesmo. (p. 103)
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O princípio número um do inferno é: “Sou dono do meu próprio nariz!”. (p. 103)
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A todos esses princípios do inferno ou deste mundo – são a mesma coisa, pouco importa se afirmados ou defendidos por muito tempo –, o Senhor, o Rei, os desmente. (p. 103)
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Se cometer um erro, Ele me perdoará. Não tenho medo Dele: temo somente, capaz de ver e escrever estas coisas, deixar de dar testemunho e tornar-me, afinal, um réprobo – não um rei, mas um falador; não um discípulo de Jesus, pronto para seguir com Ele para a morte, mas um debatedor da verdade. (p. 104)
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A noção de que a salvação de Jesus é a salvação das consequências de nossos pecados é falsa, quer dizer, uma noção limitada... Jesus não nos salva da punição; Ele foi chamado Jesus porque salvaria Seu povo de seus pecados. (p. 105)
C. S. Lewis (org.), George Macdonald: An Anthology. New York, Harper Collins, 2001, passim.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Da fé e da obediência
Perguntas “Que é a fé Nele?”. Respondo: Deixar teu próprio caminho, teus objetos, teu ser, e tomar o Dele; abandonar a confiança nos homens, no dinheiro, na opinião, no caráter, na própria expiação, e fazer o que ele te diz. Não consigo encontrar palavras fortes o bastante para expressar o peso desta obediência.
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Em vez de conhecer o Cristo que têm em si e que os salva, eles desperdiçam-se a si mesmos num autoexame doentio perguntando se de fato são crentes, se de fato confiam na expiação, se de fato lamentam por seus pecados – o caminho da loucura do cérebro e do desespero do coração.
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Em vez de perguntar-te se crês ou não crês, pergunta-te se já fizeste algo porque Ele disse “Faze” ou se já te abstiveste de algo porque Ele disse “Não faças”. É simplesmente absurdo dizer que Nele crê, ou até mesmo que deseja crer, se não fazes nada do que ele te diz.
George Macdonald, “Faith, The Misguided, The Way”. In: C. S. Lewis (org.), George Macdonald: An Anthology. New York, Harper Collins, 2001, p. 85-86.
Dos deveres mais elevados
Pode-se dizer que ninguém tem este senso do dever. Verdade: mas o primeiro na ordem da realidade raramente é o primeiro na ordem da percepção. O primeiro dever é alto demais e profundo demais para ser o primeiro a chegar à consciência. Se o homem nascesse perfeito [...], o dever mais elevado seria o primeiro a chegar à consciência. Tal como somos, no entanto, é a ação ou, para ser honestos, a tentativa de cumprir muitos outros deveres, que finalmente levará o homem a compreender que seu dever para com Deus é o primeiro, o mais elevado e o mais profundo de seus deveres, incluindo e exigindo a realização de todos os demais.
George Macdonald, “Perception of Duties”. In: C. S. Lewis (org.), George Macdonald: An Anthology. New York, Harper Collins, 2001, p. 112.
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